Segundo dados do ministério da saúde, cerca de 35 a 40% da população brasileira  adulta sofre com as varizes.  Esta incidência é maior nas mulheres, pois os hormônios femininos exercem um efeito negativo na parede das veias. De acordo com a sociedade brasileira de angiologia e cirurgia vascular (sbacv), estima-se que a doença afete quatro mulheres para cada homem.

  O principal fator de risco para ter varizes é a presença da doença na família, ou seja, a hereditariedade.

  Devido a esta alta incidência da doença na população, cada vez mais são idealizados novos tratamentos para  se obter um melhor resultado, tanto estético quanto no retorno mais precoce às atividades e na melhora da qualidade de vida dos pacientes.

  A técnica de radiofrequência para o tratamento da insuficiência venosa crônica se baseia na liberação de energia térmica controlada por um gerador. A ablação de um segmento de veia é tratada por um ciclo de fornecimento de energia, através de um cateter que é introduzido no interior do vaso.

Fibra e gerador de Radiofrequência

  Com isso ocorrerá a destruição da camada íntima (mais interna da veia) que fica em contato direto com o cateter. Posteriormente, ocorrerá a contração das fibras do colágeno das camadas médias e adventícias das veias, que sofrem uma degradação e consequentemente reduzirá o calibre da veia.

  Em uma segunda fase, chamada de subaguda, que ocorre poucos dias após, haverá um processo inflamatório que culminará com a oclusão fibrótica da veia tratada (fase crônica). Dessa maneira, o sangue não passará mais por aquela veia doente e será desviado para as veias sadias.

Como é realizado o procedimento ?

  Através de uma punção de agulha guiada por ultrassom, é colocado um introdutor no interior da veia a ser tratada.

  Por intermédio desse introdutor será colocado o cateter de radiofrequência, o qual será orientado pelo ecodoppler, que será avançado até o local onde se inciará a termoablação (como se fosse promover uma cauterização da veia doente).

  Realiza-se a tumescência (introdução de soro fisiológico ao redor da veia a ser tratada) para que ocorra uma melhor aproximação do cateter com a parede interna da veia doente e também para proteger as estruturas ao redor do local a ser tratado.

  Coloca-se o paciente na posição adequada e inicia-se o procedimento.

  Durante o disparo da radiofrequência, o segmento da fibra que libera o calor atingirá a temperatura de 120 graus por alguns segundos, fazendo assim o fechamento do segmento doente.

A quantidade de disparos dependerá do local, diâmetro e da extensão da veia a ser tratada.

Todas as varizes podem ser tratadas com a radiofrequência?

  A radiofrequência permite o tratamento das veias safenas insuficientes (magna e parva), assim como algumas perfurantes e veias de giacomini.

  Lembrando que as veias safenas estão doentes na maioria dos pacientes com doença venosa mais avançada.

 

Quais as vantagens desse método?

  Pacientes que até então não poderiam operar devido à idade avançada ou problemas clínicos que contraindicavam a cirurgia de varizes, hoje, com as técnicas minimamente invasivas, podem tratar uma veia safena incompetente de forma pouco invasiva e com anestesia local se o caso permitir.

 

  Além de ampliar os horizontes, possibilitando o tratamento a pessoas mais idosas, também temos vantagens em relação à cirurgia convencional como:

 

• Menos dor no pós-operatório;

• Menos hematomas;

• Ausência da necessidade de cortes maiores na pele, evitando a necessidade de pontos de sutura e cicatrizes;

• Retorno precoce às atividades cotidianas, pois não há necessidade de repouso após o procedimento.

 

  A técnica de termoablação por radiofrequência oferece total segurança e eficácia quando realizada por cirurgiões vasculares com mãos habilidosas e conhecedores das diversas possibilidades de tratamento que existem para as varizes.

  Vale lembrar que uma soma de diferentes técnicas amplia os horizontes para um excelente resultado final.

 

Para saber mais, acesse o vídeo a seguir.