A síndrome pós-trombótica, também conhecida como síndrome pós-flebítica, é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem após um período da ocorrência de uma trombose venosa profunda (“entupimento” por coágulo de sangue de uma veia profunda do corpo). Isso ocorre como uma sequela dessa trombose, mesmo tendo sido feito o tratamento adequadamente. Sua ocorrência é tardia, podendo se manifestar de 6 meses até 2 anos após a trombose.

Dentre os sinais e sintomas, podemos ter:

• Dor;
• Inchaço;
• Sensação de peso;
• Mudança na cor e na espessura da pele do membro;
• Feridas na perna;
• Dentre outros.

Destes, cerca de 5-10% são classificados como graves, tirando imensamente a qualidade de vida. Quanto mais proximais as veias afetadas com a trombose, por exemplo as veias ilíacas e femorais, mais aumentado o risco de ter esta síndrome posteriormente. 

Existe a chamada escala de villalta, que serve para definir a existência e graduar a severidade da síndrome pós-trombótica. Essa escala classifica 5 sintomas (dor, cãibras, sensação de peso, parestesias e prurido) e 6 sinais (edema pré-tibial , endurecimento cutâneo , hiperpigmentação, eritema(vermelhidão), ectasia(dilatação) venosa e dor à compressão da panturrilha). Para cada item é dada uma nota e a partir disso estima-se a gravidade desta síndrome.

A trombose venosa profunda, especialmente associada ao aparecimento da síndrome pós-trombótica, condiciona uma diminuição importante da qualidade de vida, elevados custos socioeconômicos, estresse e ausência no trabalho.

O tratamento vai depender da gravidade  da situação e ele engloba o uso de meias elásticas ou outro tipo de terapia de compressão(inelástica), atividades físicas que fortaleçam a musculatura do  membro afetado(principalmente musculatura da panturrilha), fortalecimento das articulações (em especial a articulação do tornozelo), controle adequado do peso corporal, evitar ficar muito em pé ou sentado por longos períodos sem se exercitar(fazer pequenas caminhadas regularmente), fazer uma boa higiene e hidratação da pele para evitar lesões que podem ser portas de entrada para infecções.

Para saber mais, acesse o vídeo a seguir.